quarta-feira, 25 de outubro de 2017



"tornado"
a indiferença
transforma a alegria
em vendaval.
e sabemos
que é aí
que vamos falhar.
vendaval,
que quebra nossas asas
e achamos que podemos voar.
nobres arruinados
cantando de qualquer jeito.
meu eu,
meu inimigo.
a brisa,
é apenas um sussurro impercebível,
por conta da indiferença,
por conta dos vendavais.

afonso - outubro 2017.

sábado, 7 de outubro de 2017


"pequeno poema do céu"
quando o mal
te tomar
de assalto
é só
olhar
pro alto!
que tal?
afonso

sábado, 16 de setembro de 2017



"uma rua sem nome"

na memória,
imagens.
nas imagens, 
desejos.
nos desejos
prisões.

desejos pequenos
aprisionando multidões.

perdeu a memória
as lembranças libertadoras?
qual o brilho
que não havia em jóias?
qual o perfume
que não cabia em um frasco?

na memória,
agitado era o mar,
agitado era o vento,
as asas das aves,
mas nunca o pensamento.

e as folhas das árvores
eram dedos...

Imagens,
eram meu abrigo
sem sentido
sem desejos
mas mudaram de endereço.

Afonso,

segunda-feira, 1 de maio de 2017


"re-creio"

mantenha seu amanhã 
sempre em vista 
a verdade é o movimento 
mantenha seu amanhã 
sempre em vista 
a bondade como sentimento. 

os corações 
parecem não mudar 
quando mantêm os segredos 
dentro deles.

estenda a mão,

cruze a linha do egoísmo. 
deixe bem longe 
incertezas e medos 
que te conduzem
à beira do abismo.


o céu faz o seu papel
estenda a mão
essa que alcança, 
o desespero alheio!

o céu faz o seu papel
crianças correndo pro azul:
tá na hora do recreio!

afonso 1-5-17



terça-feira, 4 de abril de 2017


Pequeno poema cinematográfico.

não suporto dramas
sejam ficção,
ou histórias reais.

percebo o quanto sofro
por me ver no outro...

melhor fazer da vida,
só comédia!

prefiro o riso,
que me acrescenta a compaixão!

afonso

sábado, 11 de fevereiro de 2017


Depois de haver morrido

cuidado! 
“amor” imponderável.

teus caminhos 
são alamedas melancólicas 
em um coração desolado. 

cuidado! 
“amor” ardente
teu fogo queima 
corações iludidos.

cuidado! 
“amor” eterno
teu suplício 
é o aperitivo do inferno.

cuidado! 
“amor” noturno
sem norte 
só sombras
 
e morte! 

Afonso 28/01/2013 

domingo, 8 de janeiro de 2017


pequeno poema da vigilância patrimonial.


cacos de vidro nas mãos
cerca elétrica no olhar,
grades de ferro
no coração.
pronto!
circuito fechado de desilusão.
penso no futuro.
agora,
me sinto seguro!
afonso